terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Como cobrar do outro constância se mesmo eu, me canso de mim?

....Me cansa perder a hora.... cansa não me levar a sério... me cansa chorar só um dia e passar todos os demais rindo até doer a barriga....me cansa tanta felicidade.
...Me canso de gostar tanto de mim e assim exigir que todos gostem.... Me castiga acreditar que meus defeitos são relevantes e o que mais perturba os outros é minha insana paixão..... Cansa me apaixonar coditianamente, por um prato, um lugar, um cheiro, um beijo, um olhar, um canto, um encanto, uma praia, um pôr do sol, uma mensagem, um oi, uma bronca, um novo sonho, um amanhecer, uma banda nova, um menino lindo, uma alma reencontrada...
Me canso de cansar de mim, enjôo dessa ânsia pelo sempre mais...me afogo na minha piscina cheia então percebo...NÃO... ainda não estou pronta, ainda não me encontrei, não achei o equilíbrio da balança e quando me ajoelho não sei ao certo para quem rezar...

...então me cansa cansar de mim, porque ainda tenho muito que andar...

Não sei nem exatamente quem eu sou...e me transbordo em mim buscando loucamente alguém pra dividir um pouco de interrogação...um pouco do abraço cansado....um beijo roubado cansado de esperar e só depois dá-lo devagar...

 Ando por aí cansada de mim, cansada de cansar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

 
Salvador, 01:51h am, 25 de janeiro de 2013

E de tanta intensidade e ânsia de ser feliz, passaram-se meses ao invés de semanas, e tudo pareceu maior do que realmente o foi.

No final, todos queremos sim um ombro pra chamar de meu... um abraço pra calar as lágrimas... uma boca para desejar o beijo.

No final, outras pessoas vão nos encantar, tão ou mais intensamente e também vai doer, tão, ou mais cortante... e a vida vai continuar seguindo, entre tombos e tropeços, entre momentos únicos e histórias esquecíveis.

O que não se pode é perder a esperança, é deixar de acreditar. Não se pode perder a Fé e nem deixar de procurar pelas respostas.. Não se pode culpar o outro e nem julgar certo ou errado...

Na verdade não se pode tentar entender e sim sentir, porque entendimento e sentimento não ocupam o mesmo lugar no espaço.

Sinta...

Viva...

Inspire...

Acredite...

e nunca perca a sua Fé.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Até o NADA tem que ser rotulado para que de fato não o seja.

A contraditória liberdade resignada.
Ser realmente livre, é não se prender a (pre)conceitos.. Ao mesmo tempo que estamos pregando a liberdade em nome de não rotular as relações, estamos julgando e rotulando o comportamento uns dos outros. E o mais doente nisso, é estereotipar um outro ser humano através de redes sociais. Uma verdadeira faca de dois gumes, de um lado o locutor oferecendo o que lhe convém,  do outro, o interlocutor acreditando no que convier ao seu ego ...

É impressão minha ou não vamos mais conhecer uma outra pessoa pela convivência e experiência vivenciada? Está fora de moda ou fora de controle?
.
O que se escreve pode ter um milhão de outros significados que não envolvam diretamente ninguém a não ser o próprio autor essa é a maravilha da forma escrita... por outro lado, não se pode analisar uma frase pronta, um desabafo ou piada como fator determinante da personalidade de alguém... O coerente seria não rotular ninguém nem nada, mas quanto julgamento antecipado ainda vai acontecer, quanta chuva de verão e fogo de palha serão necessários até que percebamos estar perdendo o melhor da festa?

Temos que parar de ler só o título, de olhar apenas as fotos e começar a entender o texto inteiro.

Fulano escreveu sobre vitória, deve estar conquistando algo.. ciclano escreveu sobre falsidade, deve ter se aborrecido com algum outro ser humano que por sua vez está sendo crucificado por SER humano...
Já beltrano anda falando muito de amor, deve estar apaixonado.. aí sim acumulam-se telespectadores  abutres ansiosos pelas frases tristes e decepcionadas demosntrando o fim do romance relâmpago.

Esse tipo de "relacionamento" eu também não quero rotular no meu histórico. Me sinto tão perdida em meio a toda essa DR virtual que sinto ímpetos de ir à papelaria mais próxima comprar etiquetas pra deixar pré-definidas e facilitar esse processo de produção em série de relacionamentos.

Mas minha revolta hoje, não é pelo relacionamento em si, é pelo NÃO relacionamento, é por tantas histórias que vejo escaparem entre os dedos como areia, simplesmente porque uma ou outra pessoa, demonstrou sentimento ou frieza demais... As pessoas estão sendo avaliadas pelo número de curtidas, ou pela quantidade de dias sem curtir nada... Sinceramente? Muita coisa acontece na distância entre o dedo e o mouse... O click-click-click frenético dos teclados está mais entusiástico que o descompassado tu-tuc-tu-tuc-tu-tuc seguido de frio no estômago que um encontro causa... e não necessariamente um encontro, as vezes um toque de telefone  rouba o fôlego para o Alô, bem no estilo Ira, anos 80.

Antes mesmo que as coisas virem coisas, elas ganham status virtuais que lhe roubam o protagonismo na história.. Mais uma vez aceleramos tanto os processos que o antes já virou depois, e o agora foi atropelado... Perde-se o sentido, perde-se o entendimento, perde-se o interesse, a pressa em se saber o que é, tira qualquer possibilidade de tentar ser alguma outra coisa que não um nada rotulado.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

nem saudade nem solidão.

São Paulo, 02 de janeiro de 2013

...cedo e longe demais para dizer qualquer coisa.


Bagunçou minhas gavetas, embaralhou as cartas do meu baralho e partiu sem tirar a sorte.

E essa energia somada ainda está aqui, nos meus poros, não me deixando sentir nada, nem saudade nem solidão.
...



São Paulo, 06 de janeiro de 2013.

Gosto de entender as pessoas como instrumentos divinos, gosto de aquecer o coração com doces histórias que atravessam nosso caminhar e deixam uma sujeira de pétalas de flores e folhas no chão.. como as tardes quentes de primavera que tem suave brisa de pétalas voando e colorindo as calçadas e aquele gosto de romantismo que antecede o verão...
No meu estado de espírito é primavera e a melhor parte dos últimos dias, foi ter encontrado alguém na estrada para pedir informação e enfim, encontrar o caminho de casa.

18 de Janeiro de 2013... tenho sede e preciso tranquilizar meu suspirar e alimentá-lo de alguma coisa, mesmo que seja um copo vazio com lembranças apagadas.

...então deixo que o mergulho intenso seja as vezes suave e saboreio devagar... Essa história aconteceu, quer você queira negar, ou eu... quer você queira esquecer, ou eu... porque talvez o que a gente precise mesmo, é reaprender a sentir e parar de tentar entender...

Salvador, 25 de janeiro de 2013

Mas não posso cobrar que todos recebam meus devaneios imparcialmente como os atiro ao mar.. oferendas à Rainha... Despetalando belas rosas brancas... escrevo porque brota das vísceras e preciso que saia efervescente, queimando o que vem pela frente, inclusive os olhos de quem lê... mas não me leve a sério, me leve para casa, me leve para cama, me receba no altar.

Não me leia, me sinta.